[Aventura] Akuma no Mi para a Capitã

Alegre, o pequeno soldado da marinha cantarolava uma cantiga estranha sobre leões e uma terra longínqua, Alabasta talvez.  De tanto baloiçar de um lado para o outro enquanto cantarolava, os seus fios dourados da cabeça estavam bagunçados. Parecia bastante feliz para quem se encontrava numa missão.

Gil: - E quem é você ...  Ó Leão!

Kakkhu não parava de andar aos saltos e aos ziguezagues a trabalhando algumas pessoas que estavam a passar. Havia mesmo quem achasse a sua energia frenética uma irritação, passando por ele à passos apresados e desviando o olhar da figura infantil.  

Gil: - Não importa como eu veja, hoje está mesmo um Ó-P-T-I-M-O Dia! Hahaha! - Falava o garoto quase soletrando, ansioso por mais uma missão completa. Não devia faltar muito para chegar à uma biblioteca quando ouvira alguém à berrar na rua.

???: - EI VOCÊ !!

Era uma voz estranha e desconhecida. Uma voz um pouco mais viril que a de Ko e isso o assustou por algum tempo, parando de repente com uma perna no ar e outra pousada no chão, uma braço completamente erecto e esticado para frente e o outro para trás. Estava nervoso e isso via-se ao longe. Lentamente, virou-se para trás para espreitar quem o chamava.  Talvez as pessoas se riram do menino pois os seus movimentos pareciam mecanizados.
Ao virar-se finalmente por completo para trás, pode ver uma multidão de gente, mas logo descobriu quem lhe chamava. O homem aproximava-se ao que parecia ser passos firmes e rápidos em sua direcção. " O-Oque que eu fiz de errado? Será que é da marinha? Espera! Eu sou da Marinha!"  O garoto estava cada vez mais nervoso. Tremia por todos os lados e tinha as bochechas coradas de um vermelho mais intenso que os próprios olhos. Tinha imensa piada, sequer parecia o moleque que assassinara três piratas na noite anterior. Comportava-se como o habitual, uma criança tímida e envergonhada, mas que por vezes conseguia ser bastante traquina e extrovertida.

Com algum suor à escorrer-lhe pela testa, num único movimento robótico pôs-se em sentido: Ambos os pés juntos, o braço direito completamente esticado e firme para o ar enquanto que o esquerdo estava completamente colado ao tronco.

Gil:  - O-Olá Senhor! E.. Eu juro que não fui Eu!

Disse à gaguejar. Mas afinal, porque tanto nervosismo, não havia motivos para tal, vá-se lá saber o que ia na cabeça daquele pirralho. Talvez estivesse assustado com a altura do sujeito que o chamara, afinal, Ko-Gil nem tinha um metro e meio ainda. Qualquer um com dez centímetros a mais já era considerado gigante aos seus olhos.

Vida/HP : 50
Determinação: 25
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Arma : Adaga Presa de Rei

Adaga Presa de Rei:

Arma: Corrente

Corrente:

As palavras do homem entravam pelos ouvidos de Kakkhu de forma muito rápida e confusa, provocando algumas reacções tardias ao diálogo do senhor presente. Sua posição rígida logo se desfez por completa, deixando até mesmo a sua roupa descair para o lado esquerdo do corpo.

Ficara de boca aberta por alguns segundos, raciocinando nas palavras do homem. " AH? Mas.. Mas... PORQUE RAIOS TAVA NERVOSO?" O rapaz logo fechou a boca e a reabriu num enorme sorriso extrovertido. Via que a mão do homem estava esticada em sua direcção. Não demorou mais nenhum momento para a tentar agarrar com ambas as suas pequeninas mãos e baloiça-las como é habitual num cumprimento de mãos.

Gil: - Olá, Eu sou o Kakkhu Ko - Gil, mas pode chamar-me de Gil! HaHaHaHa! Tenho 13 anos! Também sou marinheiro, apesar de ser um recruta novato...

Disse frenético e cheio de energia, finalizando a sua última oração com a boca em biquinho para o lado esquerdo e sussurrando como se confessa-se algo não muito honroso.  

Soltando a mão do cavalheiro, Gil rapidamente saltava em sua volta com os olhos à cintilar como estrelas.

Gil: - EHHH!!! Eu também estou numa missão e a minha é igualzinho à sua...  tenho que procurar essas coisas chamadas Akuma no Mi! Mas como não faço a mínima ideia do que é isso ou onde encontrar... Ia agora mesmo para a biblioteca procurar informações!!! HeHeHe!

Novamente, falou energicamente, como se tivesse comido açúcar ou coisa assim, para o marinheiro à sua frente. Parece que deixara a sua timidez de lado. Era um novo recorde. Nunca antes passara de tímido para extrovertido em tão pouco tempo, levava sempre quatro à cinco minutos, desta vez, pelo que parecia, acho que sequer foram um ou dois minutos. Talvez os medicamentos que tomara na enfermaria lhe tenham provocado toda àquela exaltação, talvez, quem sabe...

Gil: - Mizuku - Senpai, você não quer vir comigo até a biblioteca? Podíamos procurar lá sobre as Akuma no Mi! HiHiHi! E assim não ficava sozinho! O Mizuku - Senpai é o segundo marinheiro que fala comigo! Hahaha! Tirando a Capitã - Sama!

Mais uma vez Gil sorria mostrando os seus dentes esbranquiçados. Tinha as mãos atrás da cabeça, como se ela estivesse deitada sobre os braços. Estava, sem dúvidas nenhuma, muito contente. Era o seu segundo dia em Loguetown, mas ninguém além da Capitã do quartel lhe dera muita atenção, mesmo ela só lhe falara coisas formais e conselhos sérios demais para a sua cabeça demasiado infantilizada.

Kakkhu Iria esperar pela resposta do marinheiro. Esperava ansiosamente que fosse positiva. E se assim fosse o caso, iria lado à lado com o homem até a biblioteca. Andando sempre feliz e a olhar-lhe na cara com um sorriso nada tímido, mas muito inocente e com suas bochechas ainda um pouco coradas pela timidez que lhe restara, pois, apesar de já se sentir com algum a vontade na presença do estranho marinheiro, ainda tinha alguma vergonha do que este poderia pensar dele.

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Arma: Corrente

Corrente:

 Gil tinha conseguido um novo amigo, bem, não era bem um novo amigo, eles tinham acabado de se conhecerem, mas quem iria explicar isso ao pobre garoto? Ele já considerava o marinheiro mais velho como um amigo. Esse é o grande problema das crianças, nunca desconfiam de ninguém e quando alguém lhes fala com carinho pensam logo que são amigas.

Andava lado à lado do homem quando parara de repente e abria a boca em surpresa.

Gil: - ÃAAAAAANHHHHHHHNNNN????????????  

Berrou bem auto em monossílabo. Não podia acreditar no que ouvira.  Mizuku acabara de admitir que tinha uma Akuma no Mi. O garoto não podia segurar a sua ansiedade e ficou mais eléctrico do que já estava. Saltitava no mesmo lugar nuns saltinhos pequeninos à frente do homem com as mãos à tampar a boca para os outros não ouvirem a conversa deles. Apesar de não fazer a mínima ideia do que eram as tais Akuma no Mis, sabia que era algo raro e que alguém poderia andar a procura delas, tal como ele e o seu Senpai.

Gil: - MHibuqui zembai dis me ke ke Sã Amunas no Mi! Beixa-me Ber, pô Pavor!

Disse o garoto ainda com ambas as mãos sobre a boca, deixando o seu diálogo difícil de perceber, para a sorte de Mizuku, o garoto teve que retirar as mãos da boca, já estava a ficar roxo e sem ar. Assim que recuperou o fólego voltou a falar.

Gil: Mizuku - Senpai, deixa ver a sua Akuma no Mi, por favor! E conta-me mais sobre essas coisas, por favor!

Implorou com os olhinhos vermelhos à brilharem como duas estrelas. Estava tão entusiasmado que sequer reparara que o tempo fechara e que em breve a chuva iria cair. Gil esperaria ansioso pela resposta do companheiro mais velho e, segui-lo-ia até a biblioteca, ouvindo com atenção o que sairia da sua boca.

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O menino estava tão entusiasmado que nem notara que as pessoas o olhavam momentos depois que gritara. Mas isso já era passado e agora era tarde demais para ficar corado. Contudo, ainda assim tinha as suas bochechas rosadas, mas não porque estava envergonhado, mas porque estava um pouquinho zangado com o Mizuku-Senpai por ter se recusado à mostrar a sua Akuma no Mi.

Gil: - Tzck! Mizuku - Senpai egoísta!

Apesar de ter tido isso com uma cara que o pequeno se esforçava para parecer zangada, a sua expressão nada demonstrava irritação ou coisa assim, antes pelo contrário, a cara do garoto estava muito fofa e engraçada, tinha as bochechas rosadas e inchadas, a boca em biquinhos e os olhos fechados com muita força, fazendo as sobrancelhas ficarem quase em "V".  No mesmo instante que acabará de chamar o seu novo amigo de egoísta, logo se ria com um grande sorriso.

Gil: - Haha! Brincadeirinha! HaHaHa!

Kakkhu não conseguia ficar zangado com ninguém, essa era uma vantagem de se ser criança. O tempo realmente estava a fechar e parecia que ia começar a chover bem pesado. Por sorte, Ko-Gil e Mizuku não tiveram que caminhar muito para chegar à biblioteca da cidade.

Gil: - Vamos, Mizuku-senpai, Vamos!  Hahahaha!

Disse o garoto entusiasmado correndo para dentro do edifício com ambos os braços no ar, imitando um avião.  Seria boa ideia Mizuku ter acompanhado Gil? O garoto não passava de uma criança e, não podemos esquecer de que Kakkhu provinha de Alabasta e não só isso, era filho de nobres do reino de Alubarna, portanto, nunca entrara numa biblioteca, sequer sabia muito bem o que se fazia em bibliotecas e livrarias, a única coisa que sabia dos lugares é que tinham livros com todo o tipo de informações.

Assim que o garoto adentrou no edifício, um grande gritou ecoou da sua garganta para o exterior.  

Gil: - AHHHHHHHHHHHHH!!!!!!! UMA MÚMIA!

Era um grito de susto, de espanto. Tinha o coração a palpitar muito acelerado e sua respiração estava bem ofegante. Tinha até mesmo a mãozinha no peito do coração.  Contudo, não se tratava de uma múmia, era apenas uma senhora velhinha, já com alguma idade e por isso se assustara. " Espera, agora que vejo melhor... É apenas uma vovó! Hahaha!" Pensou o jovem marinheiro.

Gil: - Olá, vovó! Desculpa pelo grito, Hahaha! Não queria ofender!

Desculpou-se com a velhinha com um grande sorriso ingénuo.  O garoto virou-se para trás, na esperança de ver Mizuku, pois tinha corrido até dentro da biblioteca como uma criança imperativa que era esta manhã. Assim que o visse o acenaria com a mão bem esticada no ar a baloiçar de um lado para o outro e em gargalhadas infantis. Depois, quando este estivesse próximo o suficiente de si perguntaria.

Gil: - E agora, Mizuku-Senpai?

Podia não parecer, mas Gil estava bastante entusiasmado. Eram muitas novidades que estavam a acontecer num dia só. Conhecera Mizuku-senpai, iria descobrir o que eram Akuma no Mi e, entrara numa biblioteca pela primeira vez. Sem dúvidas, tinha muitas razões para estar feliz e excitado.

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Apesar de ter doido um pouquinho, Gil compreendeu que Mizuku havia lhe batido por ter sido um mau menino, por isso sorriu e assentiu com a cabeça prometendo nunca mais o fazer. Não queria ver o seu novo companheiro irritado.

Distraído, Gil observava as prateleiras gigantescas dos livros, imaginava-se trepando por aquelas estantes revestidas de livros velhos, novos e semi-novos.  O garoto sorriu ao ouvir que a velha múmia os deixaria entrar e procurar por um livro que explicasse o que eram Akuma no Mi.

Gil: - Finalmente vou saber o que é esse negócio!

Suspirou aliviado num tom média de voz, tentando conter-se o máximo possível para não gritar, berra, bradar, clamar ou falar num tom auto. Não queria ser expulso da biblioteca antes de desvendar o mistério.

Gil: - Mas... Eu já pedi desculpas!

Reclamou o garoto em tom baixinho à Mizuku senpai sobre o comentário da bibliotecária ao seu comportamento infantil e, pelos vistos, mal educado. Felizmente, no tempo da velhota, as crianças não eram raptadas à porta de casa e levadas à conviver com piratas por vários anos, apanhando assim os seus vícios.

 Em passo acelerado, mas não à correr, o garoto adiantou-se ao amigo e seguiu para a estante mais próxima. Era incrível a quantidade de gente que buscava por conhecimento, mas mais impressionante era a quantidade de livros e a variedade deles.

Com o dedo indicador sobre às dobras dos livros, local onde normalmente estão o nome da obra, o garoto começava a procurar um livro que tivesse como título Akuma no Mi ou que abordasse tal assunto. Estava agachado e procurava os livros na parte mais baixa da estante.

Gil: - Akuma no Mi.. Akuma no Mi....  Vamos lá ver....   Mizuku - senpai eu procuro cá em baixo, já que sou baixinho não me custo nada! Haha!

Declarou por fim num sorriso alegre, mas baixinho, não queria prejudicar e nem ser um estorvo para o marinheiro que o acompanhara.  Apesar de disserem que é muito difícil as crianças se concentrarem em algo, Gil parecia estar cem por cento concentrado na procura do livro.

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