As Crônicas de Duas Raimundas.

por **Cinia J. Pacifica** Sáb Set 21, 2013 10:32 pm

__Cinia passava, não só, pela orla da paisagem costeira que era a praia. Suas calçadas enfeitadas por pisos em ziguezague e multicolores contornavam trajeto gigantesco do início ao fim. A areia suja pelos restos de milho, pastéis e penas de pombo deixava à desejar no senso perfeccionista da loirinha, e os últimos homens do dia urinavam pelas estreitas de alguns quiosques já fechados, passando despercebidos por alguma outra ausência de atenção. Os postes de luz seriam como única iluminação não fosse os dois estabelecimentos, a contar pelos do lado oposto da rua, recebendo clientes suspeitos que mantinham de maior facilidade para furtos no período noturno.
__Quando atravessaram, Cinia conseguiu reparar no horário através da transparência do vidro do brechó; passadas 19:00 horas desse dia, sendo que em duas delas comeu até se entupir de verduras - nada demais, somente cenouras. - Sentia-se pesada como um balão de água prestes a estourar com o tocar de uma agulha, bastante pontuda, assim como a companhia indesejável da gralha que era a moçoila do lado. Reclamava quase à todo momento sobre o trânsito de pedestres mal-encarados, mas de nada podia com o peso do corpo, não conseguia disparar de uma simples palavra, só pensava em desleixar a estrutura orgânica num banco de praça, que não demorou muito para aparecer. Lá, notava-se uma concentração maior de pessoas do que na praia, provavelmente por dar início ao que a missão requeria. Objetivo do qual nem mesmo se lembrava.
__Na cintura, não podiam faltar as armas de fogo preferencialmente gêmeas, que pereciam contribuir com a questão da concentração de gordura ter se elevado - eis que o tipo de alimento cooperava sim para as famosas "pochetes" surgirem, se ingeridos excessivamente.
__A noite caía, e com isso vinham os ventos gélidos, o obscuro e também as surpresas, talvez descobrisse o que nunca tentara antes: se era ou não verdade que tudo deveria acontecer no escondido dos becos. Levantou sem olhar pros lados, e seguiu reto, sem rever a Lua. Cerca de oito passos dados fizeram apta à acompanhar com delicadeza mais os dois pés de Alisa.
__Trajando da blusa tactel branca e com botões, unida ao cinto que ligava a calça marrom à essa, coçou a cabeça e bagunçou os fios.
__Continuou a andar.

Status/Estado físico atribuído por pontos:

HP: 210|210
Determinação: 80|80
Stamina: 210|210

Rei no Shi (霊の死):

por **Alisa Bosconovitch** Seg Set 23, 2013 8:58 pm

Ainda com o gosto daquela salada que eu comera anteriormente no refeitório vazio apenas contando com a companhia da Cinia, que, se não havia de fato apreciado a refeição, ao menos não dissera nada a respeito durante todo o caminho percorrido da base revolucionária até ali, uma praça perto da orla da praia de Tequila Wolf. Durante a noite, apenas podíamos contar com a iluminação fraca dos postes erguidos próximos ao meio fio da calçada. Do outro lado da rua, porém, haviam prédios e lojas que também contribuíam para deixar mais aclaradas as ruas da cidade. Sempre com minhas espadas a minha cintura, pensava em tê-las de tirar da bainha. Reparei por um tempo no rosto delicado e angelical da Cinia por detrás dos meus óculos comprados em uma pequena boutique de grife na 25 de Março alguns anos antes, e assim, a garota não poderia perceber meus olhos sobre si. Ela, era estranha, e parecia ser uma completa imbecil, mas, quase sempre caladas, nós duas seguíamos sabendo muito pouco um sobre a outra... Então, apenas seguíamos, e, quando dei por mim, estávamos no centro de uma praça com alguns bancos de pedra ou qualquer material parecido aos olhos de que o visse de relance. Ali, algumas pessoas já estavam presentes, com cartazes e tudo mais. Cinia pareceu não se dar conta de que já havíamos chegado n'onde seria o local marcado para a manifestação ter início, e, por isso, tomei seu braço puxando com alguma força. -Chegamos, meu doce. Disse, já no momento seguinte olhando ao redor avaliando o local e reparando já algum homem declarado como estando a serviço da raça imunda dos Tenryuubitos ou ao menos com a aparência de um.

STATUS:

EQUIPAMENTO:

Missão:

por **Nura Minatoevox** Ter Set 24, 2013 10:25 am

Tequila Wolf era hoje uma ilha bastante agitada, ao contrário do costume. Após o sol rasgar o céu com os seus últimos raios de luz, a noite cair deixando uma brisa gélida no ar, que mantinha um ambiente tenso, parecendo antecipar algo.

Cinia e Alisa, duas companheiras pertencentes aos revolucionários, haviam terminado de jantar e seguindo ordens superiores, dirigem-se para a praça central da ilha, onde supostamente havia uma manifestação de ex-trabalhadores que tinham conseguido a sua liberdade.

Após vários passos, as duas passam por algumas ruas e encontram uma multidão enorme, espalhando-se de forma uniforme e circular por toda a zona. Apesar de pacifico com dezenas de cartazes, o ambiente parecia tenso, e prestes a eclodir numa batalha. Muitos gritavam "tem de ser condenados", "justiça" ou algumas expressões mais agressivas como "Abaixo os World Nobles"

Mas repentinamente, todos param os seus berros estridentes e a sua furiosa luta verbal, afastando-se e abrindo uma espécie de ruela humana para alguém passar. Certamente seria alguém de grande importância. No meio, um homem de meia estatura, peso avantajado e um cabelo estranhamente liso e negro, dá alguns passos seguido pelos seus leais guardas. Eram no total 8 e todos eles tinham uma espada, enquanto que o seu líder tinha consigo um caçadeira com uma mira incorporada e que mantinha uma certo respeito, mesmo sem sequer ser usada. O que as garotas irão fazer?

Status dos NPC

Lider Tenryuubitto

HP: 500/500
Determinação: 850/850
Stamina: 600/600
Velocidade: 25 m/s

Cada um dos Guardas

HP: 100/100
Determinação: 200/200
Stamina: 100/100
Velocidade: 15 m/s

por **Cinia J. Pacifica** Sex Set 27, 2013 2:40 pm

__Aprontada, e próxima ao protesto, quem visse poderia afirmar que Cinia estava desgostosa. O evento fedia devido o desgaste daquele povo todo, e o ambiente não lhe era adequado, pois seu futuro já era previsto. Berravam feito loucos, e não havia um que esquecesse de xingar mentalmente, uns andavam e outrem corria, por cima de quem estivesse na frente. Pareciam, ou ao menos lembravam, lunáticos do Sheol - plataforma infernal. Asco era tremendo que teve que cuspir no asfalto, o mesmo que prejudicara sua perna durante o caminho devido os desníveis da calçada; estética boa, planejamento ruim.
__A multidão formava um mar, cujas ondas não existiam. Gente revoltada, de toda cor, descendência e estilo informal. Essas "águas" dividiram-se. E com braços soltos e face serena abominou a presença dos que surgiram. Malditos! Impossível não se expressar, marchavam como se nunca tivessem cometido homicídios, machucado corações, pareciam querer exibir da honra inexistente e incontestável, universalmente. Um desses parecia ter estoque para a terceira guerra mundial, de fato era gordo, os outros, seus carrascos, bordavam armadura com o podre daquela casta mundana.
__-Creio que saiba quem são eles - sussurrou Cinia no ouvido de Alisa, após arrastar-se com seus próprios pés. - E com isso o que farão caso não sejamos falsas o suficiente. Não nos conhecemos direito, mas pense: agimos com a mesma índole, lutamos do mesmo lado e buscamos a salvação da vossa vida com vingança. Temos uma força dupla, e se conseguirmos usá-la sabiamente, arrebataremos dois com uma única facada. Mostraremos o legado revolucionário, o mesmo que nos liga à esta ocasião - estava pronta para cair no abismo... -, matamos para não morrer e excomungamos os que interferem nas melhores leis - da sua segunda personalidade.
__-Hey, hey! - diferiu um chamamento aos nove homens. - Poderiam me ajudar? - levantou um braço, sacudiu a mão.

Status/Estado físico atribuído por pontos:

HP: 210|210
Determinação: 80|80
Stamina: 210|210

Rei no Shi (霊の死):

por **Alisa Bosconovitch** Ter Out 01, 2013 10:30 pm

Em pouco tempo, as poucas pessoas que transitavam por aquela pequena praça, pareceram ter se multiplicado e se alastrado assim como a peste negra na Europa Medieval. Todos os tipos estavam presentes, e, no geral, todos as pessoas pareciam estar ali para se juntar a causa óbvia do protesto, que se tornava óbvia graças às muitas pessoas que estavam totalmente aos berros, até que a multidão caiu em silêncio, e dividiu-se abrindo caminho para um homem grande e corpulento que era seguido por outros homens dos seus. Com certeza, eram eles os nossos inimigos. Cinia, rapidamente cochichou ao pé do meu ouvido coisas que preferi ficar calada após ouvir; não esperava ouvir argumentos tão convincentes da garota que parecia muito mais uma animadora de festa infantil a uma lutadora inteligente e analítica. Porém, mesmo toda essa sua sabedoria e sanidade repentinamente surpreendentes, nada mais em relação a ela mudaria até que eu a visse lutando ou fazendo algo que realmente fosse relevante, já que, desenhar macacos não era exatamente algo de que alguma de nós duas pudesse tirar proveito de qualquer forma que fosse.
Nos momentos seguintes, o vento pareceu sussurrar aos meus ouvidos algo como ''Dance conforme a música...'' Então, disse aos homens do governo: - Ei, colegas, o que querem aqui?

STATUS:

EQUIPAMENTO:

Missão:

por **Redgrave** Qui Out 10, 2013 2:11 pm

Talvez "Presunção" fosse uma palavra correta para descrever a atitude adotada por Cinia e Alisa diante da situação. Afinal, quem é que via um Tenryuubitto e vos dirigia a palavra? Isso era um tremendo erro, era algo que meros seres humanos nunca deveriam fazer. Atraíram, no entanto, a atenção daquele estranho ser, este que interrompeu sua caminhada, gesto imitado por seus acompanhantes. Era estranho estar de frente para aquela pessoa, afinal, mesmo tendo capacidade de combate quase nula, escondia-se atrás de seu sangue para o cometimento de diversas atrocidades, usando sua descendência como forma de impunidade.

Ao fundo, várias pessoas evitavam contato visual, e os protestos e gritos tornavam-se mais discretos, como se o medo tomasse conta das pessoas, receio este que não foi partilhado por Cinia e Alisa. Aquele nobre homem agora fitava diretamente Cinia, que havia se manifestado primeiro, e era como se nem sequer tivesse ouvido o que Alisa falou. Seus subordinados pareciam igualmente aborrecidos por terem sua jornada interrompida por aquelas duas, mas nada fizeram ou disseram, eram praticamente cães adestrados, e como os bons animais que eram, não latiam ou mordiam sem a ordem do dono. A única movimentação ali realizada foi a de montar uma pequena barreira composta por três dos homens, indicando que a aproximação das revolucionárias não era bem vinda.

Depois de algum tempo analisando Cinia, de cima a baixo, sem dela se aproximar. Após alguns minutos estudando a fisionomia da mesma, seus olhos mudaram para Alisa, e de igual forma, demoraram-se ao fazer uma nova análise, desta. Deixou escapar algum murmúrio baixo, demonstrando certo desapontamento, e fez um sinal para que seus guardas continuassem a caminhada, ignorando a interferência.

-Eu tenho escravas sexuais mais bonitas do que estas, não as quero. Apenas ignore, e se tentarem mais alguma coisa, corte suas gargantas. Se não é considerado um crime incomodar um nobre, a partir de agora será, e com pena de morte.

Antes de prosseguir, ainda esboçou um sorriso zombeteiro, que o deixava ainda mais feio e repugnante do que normalmente era, atitude esta que foi imitada por seus homens, que gargalharam como se as duas jovens não fossem nada mais do que lixo. O nojo que as pessoa sentiam por esta pessoa era completamente justificável, seu caráter era bastante negativo, e suas atitudes completamente injustificáveis e de uma ignorância sem limites.

Ainda que fosse assim, deveriam considerar-se sortudas. Normalmente, as pessoas que criam coragem para chamar a atenção destes nobres não vivem o suficiente para contar histórias. Mesmo com aquele transtorno todo ao redor deles, ele não parecia se importar o suficiente com a vida delas, e, talvez por isso, não tivesse ordenado a morte delas naquele exato momento.

O foco logo se perdeu de ambas. Era como se estivessem esquecido completamente da existência delas. Aparentemente, tentar focar o lado humanitário daquele homem não seria o melhor modo de se aproximar, um Tenryuubitto nunca disponibilizaria um homem sequer para atender ao apelo de duas pessoas aleatórias, não enquanto se sentissem confortáveis, e as olhasse de "cima", e tampouco, disponibilizaria alguns segundos de seu tempo para ouvi-las falando.

Spoiler:

OFF: Apenas um breve comentário... Estarei assumindo a aventura daqui em diante, ainda vou discutir uma coisa ou outra com o antigo narrador à respeito do rumo desta aventura, e peço paciência a ambas com a minha narração, que eu reconheço, não é das melhores, e este primeiro post foi um pouco mais apressado, apenas para que fosse continuada mais repentinamente esta aventura, já que ficou parada por algum tempo devido a falta de disponibilidade do Minato. Outra coisa, cenouras são muito boas, Cinia-san, continue comendo-as e crescerá bem forte e saudável. Se ainda tiver algumas, divida comigo. -q

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